quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A morte das gravadoras

O novo e ótimo álbum dos canadenses do Arcade Fire (excelente show em POA em 2005, abrindo pros Strokes no que seria o Pepsi On Stage), ‘The Suburbs’, já estreou em primeiro lugar na parada da Billboard. Vendeu 156.000 cópias só na primeira semana, atingindo um resulatado bem melhor que o anterior, o incensado ‘Neon Bible’ (2007), que quando foi lançando foi adquirido por 92.000 satisfeitos fãs. Desses 156.000 compradores, nada menos que 97.000 adquiriram a obra através de download, pagando apenas U$ 3,99 (!!!!!). Laura Ballance, baixista do Superchunk e uma das proprietárias do excelente selo Merge Records, casa do Arcade e do próprio Superchunk (além de Lambchop, Spoon, Magnetic Fields ...) justifica a bagatela cobrada: “Desvalorizar a música é algo que me preocupa bastante ... Mas é difícil traçar uma linha divisória aí. A essa altura, as pessoas podem fazer o download de graça se elas realmente quiserem. Se você está tentando fazer com que as pessoas comprem música, pessoas que não o fariam de outra maneira, talvez esse seja o jeito. Fazer tão barato que acabe por reequilibrar a balança”.

Enquanto isso, no universo das majors, os tubarões da indústria debatem-se tentando descobrir de que maneira tentarão retomar o controle absoluto que tinham sobre o comércio da música, perdido nos últimos dez anos pro libertário universo virtual.

Não vão. A revolução veio e ficou, esta é a realidade. Bem feito pras grandes corporações. Die, die, motherfuckers!

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