Os Faces foram uma das melhores bandas da história do rock de todos os tempos, sem qualquer sombra de dúvida. Tinham tudo o que uma verdadeira banda tem de ter: agressividade, malícia, peso, suíngue, vocalista carismático e de voz rouca e potente, dois guitarristas afiados, cozinha segura, mix de r’n’b barulhento e a melhor soul music, que influenciou até os Stones e mesmo os Pistols (como admitido pelos próprios), além de ter ajudado a forjar o som dos Black Crowes (“ajudar” é generosidade nossa). Só terminaram quando os Stones convocaram Ronnie Wood para substituir o demissionário Mick Taylor – e por essa época Rod Stewart já engendrava sua carreira muitíssimo bem-sucedida (em termos comerciais, é claro).
Well, os Faces resolveram reunir-se mais uma vez, para uma tour pelo Reino Unido. O pontapé inicial foi no Da formação original, apenas Ronnie, o baterista Kenney Jones (que tocaria no The Who após a morte de Keith Moon) e o tecladista Ian McLagen. Na guitarra que foi de Steve Marriott agora está o filho de Ronnie, Jessie, e no baixo, o enjeitado ex-baixista dos Pistols, Glen Matlock. Quanto aos vocais, ... bem, Rod decidiu não participar desse comeback, mais interessado que está nos seus banais discos de covers do cancioneiro popular americano. E então Ronnie e comparsas optaram por convocar ... Mick Hucknall. Sim, ele mesmo, o ruivinho enjoado vocalista do não menos enjoado Simply Red.
O SR e seu cantor baixinho têm lá seus fãs por aqui, e CM, impregnada que é de espírito democrático e libertário, respeita todas as posições contrárias à sua. Mas concorda com a piadinha contida no final de ‘A Festa Nunca Termina’ . E completa: bandas e artistas pop oitentistas que prestavam tributo à melhor soul music americana e iam além, havia várias – Prefab Sprout, Dexy’s Midnight Runners, Scritti Politti, Elvis Costelo ... Entre essas, não está o Simply Red.
Que bola fora, Ronnie.
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