Sorry, babies. Aí vai o playlist do programa do sábado passado, dia 10, só pra registro - novamente tivemos problemas técnicos, além de atribuições em excesso (you can believe that). Em instantes, o desta semana. See Ya.
1º bloco:
MALE BONDING – Pirate Key
Trio londrino que faz um som garageiro mas com boas melodias, começou há dois anos tocando numa festa de amigos e logo já fundava seu próprio selo de gravação, Paradise Vendors Inc. A primeira aparição em disco foi em um álbum-tributo ao Flipper, e logo seguiram-se uma tour pelo Reino unido com as Vivian Girls, além de shows com algumas bandas bacanas que a gente já mostrou aqui, como HEALTH e Fucked Up. Após assinarem com o selo americano Sub Pop, no passado, gravaram seu álbum de estreia, ‘Nothing Hurts’, que saiu há pouco.
BEST COAST – Boyfriend
Duo americano com base em Los Angeles, formado ano passado pela cantora Bethany Cosentino, que aos 17 anos já postava suas canções no MySpace, sob o codinome Bethany Sharayah. Desses tempos inicias de voo solo no universo virtual, chegou a trair o interesse de várias gravadoras, mais assustada, Bethany achou que não não estava preparada, e acabou dedicando-se aos estudos e participando de um projeto experimental chamado Pocahaunted, até estabelecer a parceria com o múlti-instrumentista Bobb Bruno e gravar as primeiras demos do Best Coast, inspirado na surf music dos anos 1960, nas girl groups clássicas (como Ronettes, Shangri-Las e Supremes), no som lo-fi dos anos 1990 e no punk pop. De cara, viraram sensação do universo indie com o E.P. ‘Where the Boys Are’, que apareceu em várias listas de melhores lançamentos do ano passado, a agora reaparecem com o álbum de estreia, ‘Crazy For You’, recém-lançado.
CLUB 8 – Shape Up!
Veterana banda sueca, tá na estrada já há quinze anos, lançou em maio seu sétimo disco, ‘The People’s Record’, novamente investindo no ecletismo: as referências vão da MPB ao trip-hop, da música do oeste africano ao noise, do synthpop oitentista a bandas clássicas do pós-punk britânico. O C8 é basicamente um projeto da dupla Karolina Komsted e Johan Angergard, que já havia trabalhado junta em um outro grupo, chamado Poprace. O curioso é que o Club 8, um dos contratados da prestigiada Labrador Records, o mais conceituado selo indie nórdico, fez o caminho inverso da maioria das bandas: estreou primeiro em disco, gravando três faixas para um E.P., em 1995, só debutando nos palcos três anos depois, e longe de casa, no famoso CMJ Festival em Nova Iorque.
THE DRUMS – Forever and Ever Amen
Mais uma banda americana que foi sensação no ano passado, por conta de seu E.P. de estreia, ‘Summertime!’, e que dá as caras agora com seu primeiro álbum, homônimo. A música do The Drums tem um quê de anos 1950 nas melodias, mixado aum instrumental que é cria direta do pós-punk oitentista. Jonathan Pierce e Jacob Graham, respectivamente vocalista e guitarrista, são os donos da bola, e se conhecem desde a adolescência, quando tiveram outra banda, chamada Goat Explosion. O guitarrista Adam Kessler e o baterista Connor H completam a formação do grupo, que teve ‘The Drums’ lançado primeiro na Inglaterra e só depois no mercado americano.
2º bloco:
PAUL WESTERBERG – High Time
Ex-líder de uma das mais influentes e queridas bandas do rock americano dos anos 1980, os Replacements, que encerraram as atividades em 1991. No ano seguinte, o cara já iniciava o voo solo, com duas faixas na trilha do filme ‘Singles – Vida de Solteiro’, comédia romântica passada em Seattle no auge do grunge – que teve os Replacements, por sinal, como uma de suas principais referências. O primeiro disco-solo, ’14 songs’, de 1993, teve a mesma recepção de quase todos os álbuns de sua ex-banda: ótimas críticas, vendas nem tanto. O trabalho mais recente de Paul, americano de Minneapolis, Minesotta, 50 anos completados no último dia de 2009, é ’49:00’, lançado em 2008. Em 2002, saiu – inclusive no Brasil –, um curioso álbum duplo chamado ‘Stereo’/‘Mono’, com um disco gravado em mono e outro em estéreo – sendo que o primeiro chegou a ser lançado antes, sozinho, creditado à identidade secreta de Westerberg, Grandpaboy.
GRANT HART – Nobody Rides For Free
Grantzberg Vernon Hart, um dos raros bateristas/cantores da história do rock, também excelente compositor, fez história atrás do drum kit de outra instituição do rock americano dos anos 1980 – e assim como os Replacements também de Minneapolis –, o trio Hüsker Dü. Banda que acabou em 1987, no auge, depois de lançar um de seus clássicos, o álbum duplo ‘Warehouse – Songs and Stories’. Um ano depois, era o primeiro ex-Hüsker Dü a lançar um trabalho solo, o E.P. ‘2541’, eminentemente acústico. Em 1989, formou novo trio, o Nova Mob, que deixou apenas dois discos e foi desfeito cinco anos depois. Tendo enfrentado sérios problemas com drogas durante muito tempo, Hart, nesses 23 anos de carreira-solo desde a dissolução dos Hüskers – que teria como um de suas causas determinantes exatamente os abusos do cara –, gravou apenas cinco álbuns, o último deles ‘Hot Wax’, lançado no ano passado. Um de seus melhores trabalhos é ‘Good News For Modern Man’, de 1999.
EVAN DANDO – Hard Drive
Outro sujeito vira e mexe às voltas com problemas com abusos químicos, que muito já prejudicaram sua carreira e quase abreviaram, sua vida, Evan Griffith Dando, nascido em Boston em 1967, cresceu ligado na dourada geração dos anos 1980 do rock americano – em especial Replacements e Hüsker Dü – e formou os Lemonheads antes de completar 20 anos. Misturando melodias ensolaradas com energia punk, o grupo deu o que falar na primeira metade dos anos 1990, em álbuns como ‘It’s a Shame About Ray’ (1991) e ‘Come On Feel The Lemonheads’ (1993), mas a vida louca de Dando chegou a determinar, em meados dos 90’s, o encerramento das atividades dos Lemonheads, que acabaram voltando no começo dos 2000’s, tendo inclusive tocao em Porto Alegre, no Bar Opinião, em 2004. Entre os discos-solo de Dando, um dos destaques é o segundo, ‘Baby I’m Bored’, de 2003.
3º bloco: THE TEARDROP EXPLODES – ‘Kilimanjaro’ (1980)
Banda inglesa de Liverpool da primeira geração do rock a receber o rótulod e “neo-psicodélica”, no finalzinho dos anos 1970/início dos 1980, e que tinha como um de seus baluartes justamente um conterrâneo dos TE, o Echo & The Bunnymen, cujo vocalista, Ian McCulloch, participara antes de um trio chamado The Crucial Three, que contava ainda com Pete Wylie, que depois formaria o Wah!, e uma folclórica figura apaixonada por krautrock e drogas alucinógenas chamada Julian Cope, que logo também formaria sua própria banda ... os Teardrop Explodes, que iniciou suas atividades em 1978 tirou seu nome (‘A Lágriam Explode’) de uma história em quadrinhos da Marvel.
O som do TE, assim como o do Echo, pagava um tributo violento aos Doors, principalmente pelo farto uso dos teclados, o que os aproximava também do electropop então vigente. Seu primeiro single, ‘Sleeping Gas’, teve boa recepção, assimo como o seguinte, ‘Bouncing Babies’. Esse, lançado em julho de 1979, deu muito o que falar: ancorado no poderoso e incisivo som dos teclados do recém-chegadoGerald Quinn, que substituía o organista original Paul Simpson, e na distorção da guitarra de Michael Finkler, herdeira do melhor rock de garagem dos anos 1960, a músia teve acolhida entusiasmada, mas o single inexplicavelmente logo sumiu das lojas, o que acabou inspirando uma curiosa homenagem de uma banda chamada The Freshies, que gravou uma canção sobre o fato, ‘I Can’t Get (Bouncing Babies by The Teardrop Explodes)’ – ‘Eu Não Acho (Bouncing Babies dos The Teardrop Explodes)’. Os dois singles posteriores, ‘Treason’ e ‘When I Dream’, chegaram até as paradas britânicas. Todas essas canções foram incluídas no álbum de estreia, ‘Kilimanjaro’, lançado em outubro de 1980.
O problema é que o Teardrop Explodes, ao contrário do Echo, jamais conseguiu formar um séquito de fãs fora do universo underground, e a banda só conseguiu lançar mais um disco, ‘Wilder’, em 1981, antes de encerrar as atividades. Ainda sairia um último álbum, mas só em 1990, ‘Everybody Wants to Shag ... The Teardrop Explodes’, gravado pouco antes da dissolução, em 1983. Julian Cope, desde então, partiu para em carreira-solo, bem-sucedida na Inglaterra, mas pouco conhecida fora dela. Ele também é escritor, tem quatro livor publicados.
Ha Ha I’m Drowning
Sleeping Gas
Treason
Bouncing Babies
When I Dream
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